É notório que as grandes mudanças e aperfeiçoamentos das ferramentas administrativas gerenciais, em sua maioria, se dão no plano das grandes companhias. São elas que demandam ajustes contínuos para internalizar ganhos e boas práticas.
Isso não significa, porém, que essas mesmas ferramentas não possam ser usadas pelas micro e pequenas empresas. Pelo contrário, com eventuais ajustes para o porte e segmento dessas empresas, os avanços gerenciais trazem ganhos importantes de produtividade.
Durante toda a gestão à frente da Técnica, uma pequena empresa de serviços, sempre busquei atualizar a administração e implementar internamente as melhores práticas do mercado.
Um exemplo disso é que, há cerca de dois anos, estamos implementando o processo de Administração Participativa, focado em ampliar a participação dos colaboradores no processo decisório.
Como temos equipes descentralizadas e num momento de crise sanitária global, tem sido enorme o desafio de conectar ideias e decisões, incluir os profissionais no processo e indicar a importância da participação. Mesmo assim, continuamos investindo nesse modelo por acreditar que mais alinhado aos anseios dos profissionais que querem participar, querem ter espaço para colocar suas ideias e, principalmente, que elas sejam ouvidas – o processo de escuta ativa.
A Administração Participativa precisa de algum tempo de maturação e, também, que os gestores estejam atentos para alinhar o discurso à prática, desenvolvam internamente espaços para participação, procurem praticar a escuta ativa e criarem um modo de valorizar ideias.
Com o tempo, qualquer pequena empresa, não importa a área de atuação, vai conseguir internalizar ganhos expressivos com uma gestão compartilhada.
Suely Dias dos Santos
CEO da Técnica Gestão Documental